terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Plutão - Uma nova visão




Plutão é um planeta anão que faz parte do Sistema Solar. Está localizado no Cinturão de Kuiper . Tem esse nome em homenagem ao deus da mitologia romano Plutão que personificava o submundo. Foi descoberto em  fevereiro de 1930 pelo jovem astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh.                                                                                                                                                         Plutão foi considerado um planeta principal até 2006. Porém, em 24 de agosto deste ano, a União Astronômica Internacional passou a classificar Plutão como um planeta anão. Isto ocorreu após a descoberta de outros corpos celestes, de tamanho comparável ao de Plutão, no Cinturão de Kuiper.*2006: Plutão foi considerado o nono planeta do Sistema Solar até 2006, quando foi rebaixado para a categoria de planeta anão. A descoberta de outros corpos celestes na região do Cinturão de Kuiper, com características semelhantes de massa e densidade, fez com que a classificação de Plutão fosse revista.  O Cinturão de Kuiper, área que se estende a partir da órbita de Netuno no sistema solar, contém uma grande quantidade de objetos celestes, em geral formações de rocha e gelo, remanescentes da nebulosa protossolar que deu origem aos planetas.
Apesar de ter gravidade e possuir uma rota definida ao redor do Sol, Plutão, assim como os outros planetas anões dessa região, não possui uma órbita desimpedida. E Plutão não é nem o maior astro do Cinturão de Kuiper; o planeta anão Éris, descoberto em 2005, de cerca de 2.500 quilômetros de diâmetro, é ligeiramente maior e mais denso do que Plutão.
*É um planeta anão do Sistema Solar e o nono maior e décimo mais massivo objeto observado diretamente orbitando o Sol.
*Plutão leva 248 anos para completar uma órbita. Suas características orbitais são bastante diferentes das dos planetas, que seguem uma órbita quase circular ao redor do Sol próximo a um plano horizontal chamado eclíptica. Em contraste, a órbita de Plutão é altamente inclinada em relação à eclíptica (mais de 17°) e excêntrica. Devido a essa excentricidade, uma pequena parte da órbita de Plutão está mais próxima do Sol do que a de Netuno.
Características de Plutão
*A área de superfície de Plutão é de 1,795×107 km².
*A gravidade em Plutão é baixa (em comparação com a da Terra), ficando em 0,067 vezes a do nosso planeta.
*A densidade média de Plutão é de 2,050 g/cm³.
*A massa de Plutão é de (1.305±0.007)×1022 kg ou 13 bilhões de bilhões de toneladas.
*Em função da distância do Sol (cerca de 6 bilhões de km) e de sua composição, Plutão possui temperaturas baixíssimas.
*Plutão possui cor na tonalidade entre o marrom claro e o amarelo.
*Plutão tem uma órbita elíptica e a sua distância em relação ao Sol varia de 4,4 a 7,4 bilhões de quilômetros. Isso faz com que o planeta anão leve 248 anos para circular todo o Sol.
*Luas
O planeta anão conta com cinco luas: Caronte, Nix, Hidra, Cérbero e Estige.
Caronte tem metade do diâmetro de Plutão e é o maior satélite em relação ao seu planeta em todo o sistema solar.
Carote é tão velha quanto o planeta anão.
A teoria que os cientistas defendem é a de que Plutão deve ter colido com outro objeto com Cinturão de Kuiper quando ainda estava se formando, expelindo uma grande quantidade de escombros na órbita do planeta. Com o tempo, esses restos se tornaram Caronte. Assim com seu planeta, Caronte surpreendeu: sua superfície é cheia de montanhas e desfiladeiros, mais um indício de que seu passado geológico foi turbulento.
*Atmosfera
Os cientistas acreditam que a atmosfera de Plutão seja composta:
Nitrogênio com metano, acetileno e etileno.
Ela é ainda mais fria do que se esperava: perto da superfície do planeta a temperatura chega a -197,2ºC. Mais longe da atmofera a temperatura aumenta um pouco por conta do metano, chegando a -127,2ºC. 
 Os principais gases: cianeto de hidrogênio produzem o esfriamento da parte exterior, fazendo a temperatura chegar a -167ºC.
O fato de a atmosfera do planeta anão ser tão fria faz com que menos gases escapem para o espaço.
O planeta anão também conta com uma espécie de névoa azul. "Um céu azul geralmente é resultado da dispersão da luz solar em partículas muito pequenas. Na Terra, essas partículas são moléculas bem pequenas de nitrogênio. Em Plutão elas parecem ser maiores, partículas que parecem fuligens às quais chamamos de tolinas", explica a pesquisadora Carly Howett, do Instituto de Pesquisa Southwest, nos Estados Unidos. Os cientistas acreditam que as partículas de tolina são formadas na atmosfera, onde a luz solar ultravioleta se parte e ioniza as moléculas de nitrogênio e metano, permitindo que elas reajam uma com a outra. Nesse processo são formados íons carregados positivamente e negativamente. Quando combinados, eles formam macromoléculas complexas. Conforme estas se combinam e crescem, se tornam pequenas partículas, gases voláteis se condensam e cobrem a superfície com gelo antes que elas tenham tempo para cair pela atmosfera para a superfície, onde fazem com que Plutão tenha uma coloração vermelha.
*Geologia

2,3 mil quilômetros de diâmetro equatorial
Uma das maiores surpresas dos astrônomos foi descobrir que a geologia de Plutão é quase tão variada quanto a da Terra. Os dados coletados pela New Horizons mostram que o planeta conta com várias montanhas, vales, vulcões, crateras e planícies.
Os cientistas acreditam que algumas das partes acidentadas foram resultados de impactos com asteroides e que elas sejam da mesma época em que o planeta anão foi formado, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Outras regiões, como os vulcões de gelo, por exemplo, provavelmente levaram uma boa parte da história de Plutão para se formarem.
A superfície do planeta anão tem 98% de gelo de nitrogênio em sua composição, com resquícios de metano e monóxido de carbono. "A superfície de Plutão é cheia de azuis, amarelos, laranjas e vermelhos mais escuros. Ela possui suas próprias cores, o que mostra a incrível história da complexidade geológica que estamos apenas começando a descobrir", afirmou John Spencer, do Instituto de Pesquisa Southwest, no estado do Colorado, nos Estados Unidos.
A maior concentração de gelo de nitrogênio aparece na planície Sputnik Planum. Essa área não mostra indícios de ter sofrido impacto com asteroides.
De acordo com Mike Summers, professor de astronomia da Universidade George Mason, nos Estados Unidos, essa porção da superfície não deve ter mais do que 10 milhões de anos, "um piscar de olhos na linha do tempo geológica". Esse é um forte indício de que Plutão ainda é geologicamente ativo.
Uma das maiores surpresas foi a complexidade geológica do planeta anão e os melhores cérebros da NASA estão quebrando a cabeça para encontrar a melhor forma dela fazer sentido.
Os cientistas da missão publicaram este mapa para ajudar a compreender a diversidade do terreno e juntar as informações de como a superfície de Plutão se formou e evoluiu.   Este mapa cobre apenas uma pequena parte da superfície de Plutão, que mede 2070 km de cima para baixo, mas inclui a vasta planície de gelo de nitrogênio informalmente chamada de Sputnik Planum e seu terreno circundante.
A região Sputnik Planum de Plutão mapeada, indicando uma ampla variedade de terrenos. 


     Crédito: NASA / JHUAPL / SwRI.
O mapa está coberto com cores que representam diferentes terrenos geológicos, cada um definido por sua textura e morfologia – liso, esburacado, escarpado, acidentado ou estriado, por exemplo. As linhas pretas no centro do mapa representam vales que marcam os limites das regiões celulares no gelo de nitrogênio.
O roxo representa as caóticos faixas dos blocos de montanhas nessa linha da fronteira ocidental da Sputnik, e o rosa, disperso, representa as colinas flutuantes em sua borda oriental.
Wright Mons, o possível criovulcão – um vulcão que quando entra em erupção expele água, amônia ou metano em vez de rocha fundida – está mapeado em vermelho no canto sul.
As terras altas acidentadas, informalmente denominadas Cthulhu Regio, estão mapeadas em marrom escuro ao longo da borda ocidental, marcadas por muitas crateras de grandes impactos.
O mapa de base para este mapa geológico é um mosaico de 12 imagens obtidas pela  Long Range Reconnaissance Imager (Lorri) com uma resolução de 390 metros por pixel. As imagens foram obtidas de cerca de 77300 km durante o voo rasante da New Horizons em 14 de Julho de 2015.

Fonte:: (Science  16 Oct 2015: Vol. 350, Issue 6258, DOI: 10.1126/science.aad1815 - http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/03/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-plutao.html)