segunda-feira, 25 de julho de 2016

FASCINANTE SERRA DA MANTIQUEIRA



Fascinante e belo mundo das descobertas naturais passa pela Serra da Mantiqueira
Para geógrafos, estudantes e aventureiros da natureza


Apresentou um valioso “Santuário Ecológico” de enche os olhos diante de tanta beleza ainda rústica e pouco explorada. O município  de Senador Amaral e limítrofes possuem muitos e ricos recursos naturais como Cachoeiras,Corredeiras, Montanhas, Cavernas, Serras, Matas, Animais Silvestres, etc... Grandes ideias e perspectivas para inovar o “Ecoturismo” da região.


Geografia da região

*Clima: Tropical de Altitude (Cwb), com baixa umidade que dificulta o fenômeno da precipitação de neve. Geadas são relativamente comuns no inverno, principalmente no mês de julho. Temperatura variando ao longo do ano entre 22°C e 5°C.
*Vegetação/Ecossistema: Mata Atlântica, campos e mata de araucárias, apresentando manchas remanescentes dessas vegetações.
*Fauna: veado campeiro, lobo-guará, onça parda, cachorro-vinagre, jaguatirica, paca, bugio, macaco sauá, mono, tucano, aves de rapina, esquilo, ouriço-caixeiro, capivaras e também nela se formou a raça canina pastor da mantiqueira. Local rico em biodiversidade.
*Potencial turístico: Bóia – cross, voo livre, rapel, canoagem, trilhas de moto, jipe, gaiolas, Mountain bike, escaladas, cavalgadas, off Road, trekking, cascading., entre outros.


**Potencial didático: Observatório espacial, astronomia, geologia, biológico, arqueológico, estudos de campo para todas as idades. (** podendo ter caráter amador). 

*Relevo/rochas, minérios e minerais da região: 
 I. Suíte Alcalina, de rochas alcalinas, idade arqueana possivelmente mais jovem,  representada essencialmente por rochas fonolíticas não deformadas, que afloram em Bom Repouso e Senador Amaral. 
 II.Granitóides pré-cambrianos, representados na região de Bom Repouso por migmatitos róseos, milonitizados, petrograficamente predominam dois tipos faciológicos de fonolitos no corpo maior. Um deles de cor cinza esverdeado, apresenta pronunciada foliação e textura porfirítica, com fenocristais de nefelina circundados por piroxênio, em matriz de granulação fina. O segundo, com cor cinza chumbo a claro, exibe uma foliação menos marcada e granulação fina média a muito fina, raramente afanítica.
III. A nefelina geralmente é poiquilítica, idiomórfica a xenomórfica, e mais raramente ocorre como fenocristal. Sodalita é um constituinte intersticial importante. Adicionalmente encontram-se vários minerais raros identificados com microssonda eletrônica (EDS): enigmatita, astrofilita e serandita são abundantes, enquanto eudialita, catapleíta, niobofilita e criolita são menos frequentes. 
 IV. Rocha fortemente porfirítica, de matriz afanítica cinza escuro, com fenocristais de feldspato alcalino, nefelina e biotita. Ao microscópio, a matriz compõe-se predominantemente de cristais idiomórficos de nefelina e pequenos feixes de piroxênio acicular. De idade provavelmente do Cretáceo, situa-se entre as províncias alcalinas.
V. Mostram uma semelhança mineralógica e petrográfica impressionante com as rochas fonolíticas agpaíticas de Poços de Caldas, diferente de qualquer outra ocorrência descrita na região. Essas características sugerem uma possível afinidade petrogenética entre o magmatismo de Bom Repouso e Poços de Caldas. 
 VI. Quartzo, feldspato, bauxita, região propicia a geração de rochas miloníticas.
 
**Morfotectônica:
I. Tectônica Mantiqueira, configurando um extenso e complexo conjunto de rochas metamórficas e ígneas pré-cambrianas, aquelas altamente deformadas e migmatizadas, com registros de superposição de processos geológicos, em especial de cisalhamento dúctil, que define marcante estruturação regional.
II. O embasamento cristalino é recoberto localmente (< 10% da área aflorante) por sedimentos paleogênicos, depósitos aluviais recentes e mantos coluviais espessos, delineando uma paisagem complexa, onde fatores neotectônicos se fazem presentes, segmentando áreas em subsidência, que propiciam a acumulação de depósitos sedimentares jovens e formação/preservação de mantos regolíticos profundos, e áreas em ascensão, sujeitas a intensos processos de dissecação.
III. Em termos geomorfológicos, a área de estudo está localizada no Planalto Atlântico, que apresenta relevo movimentado, com formas de relevo variando de montanhas, cujos ápices encontram-se entre as maiores altitudes da Região Sudeste do Brasil, passando por planaltos profundamente retrabalhados por vários ciclos erosivos, desfeitos em morros, serras lineares, escarpas e relevos colinosos, com regolitos mais desenvolvidos, até planícies aluviais recentes.
IV. Em termos cartográficos, a área localiza-se dentro dos limites da zona do Planalto do Alto Rio Grande, subzonas Senador Amaral e Serrania do Alto Sapucaí, e da zona Serrania de Lindóia.
V. O processos de deformação crustal de cunho neotectônico é expressiva e vem controlando a morfogênese da paisagem, formação/preservação de mantos regolíticos e depósitos sedimentares mais jovens, afora resultarem em esporádicas manifestações sísmicas, nesse conjunto de dados, verificam-se valores que vão desde o Cretáceo Inferior, passando pelo Cretáceo Superior, e atingindo o Neógeno.
VI. Essas idades permitem interpretar que as evidências neotectônicas aqui registradas, na realidade integram um quadro de evolução termotectônica maior, cujo início remonta à quebra e separação do continente gondwânico, com freqüentes manifestações ao longo do Cretáceo Superior, Paleógeno e Neógeno, e que persistem até os dias atuais.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

VEGETAÇÃO DO BRASIL



Formação da vegetação do Brasil 


Em função da grande extensão territorial e da existência de diversos tipos de clima, se desenvolveu no Brasil uma rica diversidade de formações vegetais. Em cada bioma, encontramos tipos específicos de árvores, arbustos, gramíneas e plantas.

Formações vegetais dos biomas brasileiros:
*Cerrado: Região: centro-oeste. Formações vegetais: árvores retorcidas, arbustos e herbáceas (exemplos: barba de bode e capim-gordura). As árvores e arbustos se caracterizam pela presença de casca grossa e raízes profundas, para obtenção de água no período de poucas chuvas.

*Caatinga: Região: sertão nordestino. Formações vegetais: arbustos, árvores baixas de pequeno porte e cactos. Podemos destacar como exemplos: aroeira, angico, juazeiro e as seguintes cactáceas, mandacaru e xique-xique.

*Floresta Amazônica: Região: região norte. Formações vegetais: árvores de médio e grande porte. Presença de matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó. Como exemplos de árvores, podemos destacar: seringueiras, castanheiras e cauchos.

*Mata Atlântica: Região: costa sudeste, sul e leste. Formações vegetais: formações vegetais heterogêneas. Exemplos mais comuns de espécies vegetais: ipê, pau-brasil, jacarandá, palmito, bambus e palmeiras.

*Mata dos cocais: Região: presente em áreas de transição entre a caatinga e a floresta amazônica, nos estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e norte de Tocantins. Formações vegetais: presença de florestas tropicais. Exemplos de espécies vegetais: buriti, carnaúba, palmeiras (açaí, por exemplo) e oiticica.

*Mata dos Pinhais: Região: região Sul. Formações vegetais: as árvores mais comuns são as araucárias como, por exemplo, o pinheiro do paraná. Encontramos também o cedro, o sabugueiro, a peroba, a erva-mate, a imbuia, a gameleira e o angico.

*Vegetação Litorânea: Região: em algumas áreas do litoral. Formações vegetais: encontradas principalmente em áreas de manguezais e restingas. As espécies mais comuns são: algas, líquens, bromélias, jundu e capim-de-praia. Também encontramos espécies de plantas de raízes aéreas e halófilas (plantas que se desenvolvem em ambientes com alta concentração de sal).

*Pantanal: Região: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Formações vegetais: vegetação complexa e heterogênea (matas ciliares, aguapés, arbustos, plantas rasteiras e árvores de pequeno, médio e grande porte). As principais espécies são: aroeira, ipê, angico, mandacaru, palmeiras, figueiras, orquídeas e buriti.

*Campos: Região: áreas do centro e sul do Rio Grande do Sul. Formações vegetais: presença de árvores de pequeno porte, arbustos e vegetação rasteira (gramíneas). As principais espécies vegetais são: pinheiro-do-paraná, Cabreúva, imbuia, canafístula e açoita-cavalo.

ZONAS CLIMÁTICAS DA TERRA



Zonas Climáticas da Terra

O planeta Terra possui dez principais zonas climáticas. Elas possuem características próprias (temperatura, umidade, índice pluviométrico) que as diferem uma das outras.
Principais Zonas Climáticas do planeta Terra (climas):

*Equatorial: Regiões: norte da América do Sul, América Central, região central da África e região central da Oceania. Características: temperaturas elevadas, umidade elevada durante todo o ano, elevado índice de chuvas. Temperatura média anual de 27ºC. 

 *Tropical: Regiões: regiões central e nordeste do Brasil, extremo norte da América do Sul, regiões tropicais da África, norte da Austrália e sul da Índia. Características: Invernos com umidade baixa  e verões chuvosos. Temperaturas elevadas e com baixa variação. Temperatura média anual de 25ºC.

*Subtropical: Regiões: sul da América do Sul, sudeste dos Estados Unidos, norte da Índia, nordeste da Austrália e sudeste da China. Características: Chuvas bem distribuídas durante o ano, verões com temperaturas elevadas e invernos com baixas temperaturas. Temperatura anual em torno de 19ºC.

*Desértico: Regiões: Deserto do Saara (norte da África), Deserto de Atacama (costa oeste do Chile), Deserto da Arábia (região central da Península Arábica), Deserto de Gobi (norte da China) e Deserto da Austrália. Características: baixíssimo índice pluviométrico. No inverno costuma fazer frio moderado e no verão calor. Temperatura média anual de 20ºC,  com grande amplitude térmica diária. 

*Mediterrâneo : Regiões: sul da Europa, sul do Chile, extremo noroeste da África e região da Califórnia nos Estados Unidos. Características: verão seco e quente e temperaturas moderadas no inverno. Chuvas moderadas, principalmente no outono e inverno. Temperatura média anual de 18ºC.

*Semiárido: Regiões: região do sertão nordestino brasileiro, oeste dos estados Unidos, sul da África, Centro leste da Austrália e sul da Rússia. Características: poucas chuvas durante o ano. Temperaturas de médias a elevadas durante o ano. Temperatura média anual de 24ºC. 

*Temperado: Regiões: regiões central e sudeste dos Estados Unidos, sudeste da Austrália, região central da Europa e leste da China. Características: invernos frios e verões moderados. Umidade relativa do ar alta (em torno de 85% durante o ano). Índice pluviométrico anual de moderado a alto. 


*Frio de montanha : Regiões: regiões montanhosas do mundo. Exemplos: Cordilheira dos Andes, Himalaia, Montanhas Rochosas, Alpes e Cárpatos. Características: temperatura baixas, umidade do ar elevada, presença de gelo em montanhas com mais de 2 mil metros de altitude. Chuvas moderadas e bem distribuídas durante o ano. 

*Polar : Regiões: Antártida, Groenlândia, extremo norte do Canadá e Sibéria (extremo norte da Rússia). Características: temperaturas baixíssimas durante o outono e inverno. Temperatura amena no verão. Baixo índice pluviométrico. Temperatura média anual de 0ºC.

domingo, 17 de julho de 2016

MICROCLIMA URBANO



Microclima


Microclima urbano é um termo usado em Climatologia para designar um conjunto de condições climáticas (temperatura, umidade, sensação térmica, pluviosidade) de uma pequena área dentro de uma cidade. Estas áreas apresentam características climáticas diferentes do restante da cidade. 

 *Características principais do microclima urbano: 
 - Temperaturas mais elevadas ou menores em relação às áreas vizinhas.
- Umidade do ar menor ou maior em relação às regiões ao redor. 
 - Sensação térmica diferente das regiões próximas. 

 *Principais causas e consequências da formação do microclima urbano 
 - Topografia diferente das demais áreas da cidade. Um bairro presente numa área mais elevada do que o restante da cidade pode, por exemplo, apresentar temperaturas um pouco menores do que os bairros mais baixos.
- Diferenças significativas de vegetação de uma área de microclima com relação ao restante da cidade. Num bairro muito arborizado, numa cidade com pouca arborização, podemos encontrar um microclima com temperaturas mais baixas e maior presença de umidade do ar do que no restante da cidade.
- Presença de poluição do ar. Uma região com elevada poluição do ar pode apresentar microclima com temperaturas mais elevadas do que as outras áreas ao redor.
- Áreas ou bairros com muita construção e asfalto podem possuir microclima com temperaturas mais elevadas do que outras regiões próximas. Exemplo: nas grandes cidades, o centro da cidade geralmente apresenta microclima com temperaturas mais elevadas do que nos bairros residenciais.

*Ilhas de calor
A ilha de calor é um exemplo de microclima urbano. Ela pode se formar por causas naturais, porém o mais comum são as modificações provocadas pelos seres humanos. 
 As ilhas de calor apresentam temperaturas mais elevadas do que as regiões ao redor e umidade relativa do ar mais baixa. Formam-se, geralmente, pela intensa presença de prédios e asfalto num bairro ou região, com pouca presença de cobertura vegetal.

***OBS:
A urbanização, pela modificação da paisagem natural, provoca alterações nas propriedades aerodinâmicas e radioativas da superfície, nas propriedades térmicas do substrato e nas propriedades hidráulicas da superfície e do solo. Além disso, as emissões antropogênicas de calor e poluentes e as alterações nos padrões de evaporação da superfície modificam as propriedades térmicas e radiométricas da atmosfera urbana (Oke, 1982; Huang et al. 2009).