Fascinante e belo mundo das descobertas naturais passa pela Serra da
Mantiqueira
Para geógrafos, estudantes e aventureiros
da natureza
Apresentou um valioso “Santuário
Ecológico” de enche os olhos diante de tanta beleza ainda rústica e pouco
explorada. O município de Senador Amaral e limítrofes possuem muitos e
ricos recursos naturais como Cachoeiras,Corredeiras, Montanhas, Cavernas,
Serras, Matas, Animais Silvestres, etc... Grandes ideias e perspectivas para inovar o “Ecoturismo” da região.
Geografia da região
*Clima: Tropical de
Altitude (Cwb), com baixa umidade que
dificulta o fenômeno da precipitação de neve. Geadas são relativamente
comuns no inverno, principalmente no mês de julho. Temperatura variando ao
longo do ano entre 22°C e 5°C.
*Vegetação/Ecossistema: Mata Atlântica,
campos e mata de araucárias, apresentando manchas remanescentes dessas
vegetações.
*Fauna: veado campeiro, lobo-guará, onça parda, cachorro-vinagre,
jaguatirica, paca, bugio, macaco sauá, mono, tucano, aves de rapina, esquilo,
ouriço-caixeiro, capivaras e também nela se formou a raça canina pastor da
mantiqueira. Local rico em biodiversidade.
*Potencial turístico: Bóia – cross, voo
livre, rapel, canoagem, trilhas de moto, jipe, gaiolas, Mountain bike,
escaladas, cavalgadas, off Road, trekking, cascading., entre outros.
**Potencial didático: Observatório espacial, astronomia, geologia,
biológico, arqueológico, estudos de campo para todas as idades. (** podendo ter
caráter amador).
*Relevo/rochas, minérios e minerais da região:
I. Suíte Alcalina, de rochas alcalinas,
idade arqueana possivelmente mais jovem, representada essencialmente por rochas
fonolíticas não deformadas, que afloram em Bom Repouso e Senador Amaral.
II.Granitóides pré-cambrianos,
representados na região de Bom Repouso por migmatitos róseos, milonitizados, petrograficamente
predominam dois tipos faciológicos de fonolitos no corpo maior. Um deles
de cor cinza esverdeado, apresenta pronunciada foliação e textura porfirítica,
com fenocristais de nefelina circundados por piroxênio, em matriz de granulação
fina. O segundo, com cor cinza chumbo a claro, exibe uma foliação menos marcada e granulação
fina média a muito fina, raramente afanítica.
III.
A nefelina
geralmente é poiquilítica, idiomórfica a xenomórfica, e mais raramente ocorre
como fenocristal. Sodalita é um constituinte intersticial importante. Adicionalmente
encontram-se vários minerais raros identificados com microssonda eletrônica
(EDS): enigmatita, astrofilita e serandita são abundantes, enquanto eudialita, catapleíta, niobofilita e criolita são menos frequentes.
IV.
Rocha
fortemente porfirítica, de matriz afanítica cinza escuro, com fenocristais de feldspato alcalino, nefelina e biotita. Ao microscópio, a matriz compõe-se
predominantemente de cristais idiomórficos de nefelina e pequenos feixes de
piroxênio acicular. De idade provavelmente do “Cretáceo”, situa-se entre
as províncias alcalinas.
V. Mostram
uma semelhança mineralógica e petrográfica impressionante com as rochas
fonolíticas agpaíticas de Poços de Caldas, diferente de qualquer outra
ocorrência descrita na região. Essas características sugerem uma possível
afinidade petrogenética entre o magmatismo de Bom Repouso e Poços de Caldas.
VI. Quartzo, feldspato, bauxita, região propicia a geração de
rochas miloníticas.
**Morfotectônica:
I. Tectônica
Mantiqueira, configurando um extenso e complexo conjunto de rochas metamórficas
e ígneas pré-cambrianas, aquelas altamente deformadas e migmatizadas, com
registros de
superposição de processos geológicos, em especial de cisalhamento dúctil, que
define marcante estruturação regional.
II. O embasamento cristalino é recoberto localmente (< 10% da
área aflorante) por sedimentos paleogênicos, depósitos aluviais recentes e
mantos coluviais espessos, delineando uma paisagem complexa, onde fatores
neotectônicos se fazem presentes, segmentando áreas em subsidência, que
propiciam a acumulação de depósitos sedimentares jovens e formação/preservação
de mantos regolíticos profundos, e áreas em ascensão, sujeitas a intensos
processos de dissecação.
III. Em
termos geomorfológicos, a área de estudo está localizada no Planalto Atlântico,
que apresenta relevo movimentado, com formas de relevo variando de montanhas,
cujos ápices encontram-se entre as maiores altitudes da Região Sudeste do
Brasil, passando por planaltos profundamente retrabalhados por vários ciclos
erosivos, desfeitos em morros, serras lineares, escarpas e relevos colinosos,
com regolitos mais desenvolvidos, até planícies aluviais recentes.
IV. Em termos cartográficos, a área
localiza-se dentro dos limites da zona do Planalto do Alto Rio Grande, subzonas
Senador Amaral e Serrania do Alto
Sapucaí, e da zona Serrania de Lindóia.
V. O processos de deformação crustal de
cunho neotectônico é expressiva e vem controlando a morfogênese da paisagem, formação/preservação
de mantos regolíticos e depósitos sedimentares mais jovens, afora resultarem em
esporádicas manifestações sísmicas, nesse conjunto de dados, verificam-se
valores que vão desde o Cretáceo Inferior, passando pelo Cretáceo Superior, e
atingindo o Neógeno.
VI. Essas idades permitem interpretar
que as evidências neotectônicas aqui registradas, na realidade integram um
quadro de evolução termotectônica maior, cujo início remonta à quebra e
separação do continente gondwânico, com freqüentes manifestações ao longo do
Cretáceo Superior, Paleógeno e Neógeno, e que persistem até os dias atuais.