domingo, 18 de setembro de 2016

Fumaça do Inferno - Guerra Química do séc. I


As guerras antigas era uma questão complicada, mas um grupo de 20 ou mais soldados romanos podem ter encontrado uma morte particularmente desagradável quase 2 mil anos atrás. Durante um cerco à cidade síria de Dura, tomada pelos romanos, soldados persas cavaram túneis sob os muros da cidade em uma tentativa de enfraquecê-los. Os romanos resolveram cavar seus próprios túneis, na tentativa de interceptar os persas. Estes, porém, perceberam o plano do inimigo e, de acordo com alguns arqueólogos, e prepararam uma armadilha terrível: uma nuvem de fumaça petroquímica nociva, que teria transformado os pulmões dos romanos em ácido.
Os túneis foram escavados primeiramente nos anos 20 e 30 do século passado e estão sendo reescavados agora. Alguns arqueólogos modernos acho que a colocação dos esqueletos e a presença de cristais de enxofre e betume sugerem uma guerra química. Em todo caso, o gás de asfixia teria sido “a fumaça do inferno”, opina o arqueólogo Simon James, da Universidade de Leicester, Reino Unido.

Mitologia Guarani II


O filho de Ñane Ramõi, isto é, Ñande Ru Paven (“Nosso Pai de Todos”) e sua esposa Ñande Sy (“Nossa Mãe”), ficaram responsáveis pela divisão política da terra e o assentamento dos diferentes povos em seus respectivos territórios, criando montanhas para delimitar o território guarani. Ñande Ru Paven roubou o fogo dos corvos e o entregou aos homens; criou a flauta sagrada (mimby apyka) e o tabaco (petÿ) para os rituais e foi o primeiro que morreu na terra. Da mesma forma que seu pai, decidiu abandonar a terra em função de um desentendimento com sua esposa que estava grávida de gêmeos. O mito dos gêmeos é um dos mais contados e difundidos pela América do Sul. Pa’i Kuara é neto de Ñane Ramõi. A ele, depois de muitas aventuras na terra, foi atribuída a responsabilidade de cuidar do Sol, assim como de seu irmão, Jacy, a quem caberia o cuidado da Lua.
Assim, Ñande Sy saiu em busca de seu marido e com freqüência perguntava ao filho, que ainda não havia nascido, qual o caminho a ser seguido. Pa’i Kuara chegou a indicar caminho errado para sua mãe que lhe havia negado uma flor que queria para brincar durante o percurso. Ñande Sy chegou à morada dos Jaguarete ou “os verdadeiramente selvagens” (que são as onças). O avô destes seres ferozes tentou em vão salvar a vida da mulher. Seus filhos, ao voltarem famintos pelo fracasso da caça, mataram Ñande Sy, deixando vivos apenas os pequenos gêmeos. Estes, depois de grandes, encontraram com o “papagaio do bom falar” (parakau ñe’ëngatu) que lhes contou da morte da mãe. Resolveram vingá-la. Pa’i Kuara e seu irmão menor Jasy prepararam armadilha na qual morreram todos os jaguarete, menos uma que estava grávida, razão pela qual os jaguarete (onças) permaneceram no mundo.

Rituais Guarani



São assíduas e freqüentes as atividades religiosas guarani, com práticas de cânticos, rezas e danças que, dependendo da localidade, da situação ou das circunstâncias, são realizados cotidianamente, iniciando-se ao cair da noite e prolongando-se por várias horas. Os rituais são conduzidos pelos ñanderu que são líderes e orientadores religiosos; contemplam necessidades corriqueiras como colheita da roça, ausência ou excesso de chuva.
Entre os kaiowa, duas cerimônias têm destaque: a do avati kyry (milho novo, verde) e do mitã pepy ou kunumi pepy (realizada em várias comunidades no Paraguai; no Brasil apenas uma comunidade a mantém). A primeira é celebrada em época de plantas novas (fevereiro, março) e tem no avati morotĩ (milho branco), planta sagrada que rege seu calendário agrícola e religioso, a referência principal. Semanas de trabalho e envolvimento de muitas famílias para preparar o kãguy ou chicha e o lugar da cerimônia, antecedem sua realização. O kãguy é uma bebida fermentada, feita, nestas cerimônias, com o milho branco (mas também de mandioca, batata doce ou cana de açúcar) e preparada pelas mulheres.


A cerimônia em si, dirigida por um líder religioso, tem início ao cair do sol e finda na aurora do dia seguinte. Este xamã deve conhecer o mborahéi puku ou “canto comprido”, cujos versos, que não se repetem, não podem ser interrompidos depois de iniciada a cerimônia. A cada verso entoado pelo ñanderu a comunidade o repete, sempre acompanhados pelos mbaraka confeccionado e usado por homens e os takuapu usados por mulheres. Ao amanhecer, terminado o mborahéi puku (canto comprido), há o batismo da colheita (mandioca, cana, abóbora, batata doce, milho etc.), que permaneceu depositada no altar. Na noite seguinte a cerimônia do avati kyry continua com cantos e danças mais profanos, os kotyhu e os guahu, por toda a comunidade e por muitas visitas que participam da cerimônia.
Além desses rituais, há ainda as cerimônias do mitãmongarai, ocasião em que sacerdotes reúnem crianças para o batismo, quando recebem o tera ka’aguy (nome de mato) ou nome guarani.

Astecas


O Templo da Morte - Rua de Massacres

As evidências demonstram que todas as vítimas foram mortas em rituais de consagração às sucessivas etapas da construção da pirâmide. O sacrifício mais antigo, datado por volta do ano 200, assinalou um aumento substancial do edifício.Um estrangeiro ferido, provavelmente prisioneiro de guerra, foi enterrado vivo, ao que tudo indica, com as mãos amarradas às costas. Em volta dele, foram encontrados animais que representavam poderes míticos e força bélica: pumas, um lobo, águias,um falcão, uma coruja e cascavéis – alguns deles enterrados vivos dentro de gaiolas. Oferendas incluíam armas de Obsidiana e uma estatueta de Nefrita maciça, talvez de uma deusa da guerra a quem o sepulcro seria dedicado. Cada sepulcro era diferente, mas todos tinham o mesmo propósito: “Sacrifícios humanos eram importantes para controlar as pessoas”
*SACRIFÍCIOS
Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue escorria pelos degraus. A economia asteca estava baseada primordialmente no milho, e as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão regular de sangue por meio dos sacrifícios.
*CURIOSIDADE
Mesmo em épocas de paz, os astecas realizavam guerras, denominadas guerras floridas, que tinham como objetivo, conquistar prisioneiros para que seus corações fossem ofertados aos Deuses. Geralmente escolhia-se o guerreiro mais valente, e para ele era um privilégio morrer em sacrifício.

National Geographic

Chiton...o animal marinho com olhos de pedra

Pesquisadores fizeram uma curiosa descoberta no mundo subaquático: um molusco que usa minúsculos olhos feitos de um cristal de carbonato de cálcio para detectar predadores. Os cientistas dizem que se trata do primeiro par de olhos rochosos encontrado no reino animal. As centenas de estruturas similares a olho sobre a superfície desse molusco, chamado de chiton, já haviam sido descobertas décadas atrás. Porém, até agora, não se sabia de que material elas eram feitas ou se os animais podiam efetivamente ver objetos ou apenas sentir a luminosidade. “Agora descobrimos que eles realmente conseguem ver objetos, embora provavelmente não muito bem”, afirma o pesquisador Daniel Speiser, que recentemente completou seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, Estados Unidos. Como comparação, o estudo descobriu que a visão humana é cerca de mil vezes mais nítida que a do chiton. Chitons apareceram pela primeira vez na Terra há mais de 500 milhões de anos. Porém, de acordo com o registro de fósseis, o mais antigo chiton com os olhos surgiu apenas nos últimos 25 milhões de anos, tornando seus olhos um dos mais recentes a evoluir nos animais. “Os olhos provavelmente evoluíram de modo que os chitons pudesse ver e se defender dos predadores”, conta Speiser.

O incrível Pyura chilensis, a rocha viva.

A “rocha viva”, mas é apenas uma criatura bizarra e hermafrodita que vive na costa do Chile e do Peru. Esse animal marinho se combina de forma natural com as rochas em que vive. Se você acidentalmente pisar sobre uma pedra dessas, ela vai estourar e expor uma massa vermelho sangue dos bizarros indivíduos considerados uma iguaria em países da América Central.A criatura é chamada de Pyura chilensis, e é conhecida como “piure” em espanhol. Pertence a uma classe de bichos marinhos nomeados ascídias (que compreende mais de 3.000 espécies). Essa classe é a mais diversa do subfilo Tunicata. O termo vem do fato de que a criatura é coberta de uma camada – ou “túnica” – de celulose animal, chamada tunicina.
Dentro da rocha viva, fica uma massa de órgãos rodeados por uma camada de pele e músculo. Esses animais são alimentado por filtro: aspiram a água do mar, removem e se alimentam de algas e microrganismos nessa água, e jogam o líquido filtrado de volta para o mar. 



A característica mais interessante dessa criatura, no entanto, é a sua habilidade de reprodução. O piure nasce macho e, quando atinge a puberdade, também cresce órgãos femininos, tornando-se um hermafrodita. Na hora do acasalamento, o piure liberta os ovos a partir dos seus órgãos femininos, ao mesmo tempo que liberta o esperma de suas gônadas masculinas na água do mar. Se os óvulos e espermatozoides colidem, eles formam uma “nuvem fértil”, que irá produzir filhotes como os “girinos”. Estes girinos do sexo masculino, então, procuram uma casa – uma rocha nas proximidades – e ficam lá até se tornarem adultos. Porém, o piure só acasala assim quando está sozinho. Se há outros membros da espécie próximos, a criatura prefere cruzar, para aumentar as chances de sucesso. Apesar da sua cor vermelha, o sangue do piure é claro. Além disso, contém um nível elevado de vanádio – um metal cinzento prateado que ocorre naturalmente em mais de 60 diferentes minerais em todo o mundo. Os pesquisadores não tem certeza sobre qual é a função deste elemento nas criaturas, mas, em terra, o vanádio é utilizado para a fabricação de ligas de aço.

Inseto mais bizarro do mundo é brasileiro...


O Bocydium globulare é um inseto muito estranho, aparentado com as cigarras e com os gafanhotos, que vive aqui no Brasil.
A hipótese do biólogo que o descobriu é que é uma defesa contra predadores. Um negócio desse tamanho torna mais difícil para que um pássaro o capture ou o engula.Assim como outros insetos da mesma família, eles se alimentam de pólen.
O mais estranho é que suas formas variam muito, apesar de eles serem comprovadamente da mesma espécie.

Macaco de Nariz Arrebitado


Os macacos de nariz arrebitado de Guizhou possuem uma zona posterior de cor castanho acinzentado, uma barriga cinzenta esbranquiçada, e coxas de cor cinzento pálido. Os braços superiores, o interior dos ombros, e a testa são de cor laranja amarelados. A coroa da cabeça é castanha, e o topo das orelhas é branco. A pele facial é azul, e o lábio inferior é cor-de-rosa. Os machos têm nas costas e entre os ombros uma mancha branca; o escroto e os mamilos são brancos. Os juvenis são cinzentos.Subtropical, sempre verde ou caduco, florestas de folhas largas ou coníferas, a 1000-2300m. Estes macacos vivem e só existem numa reserva na província de Guizhou, China.

Revolução e morte da utopia de Karl Marx

Holodomor

A sobrevivência era uma luta moral, tanto quanto física. Uma médica escreveu a uma amiga, em Junho de 1933, que ainda não se tinha tornado canibal, mas que "não estou certa de que isso já não terá acontecido quando receberes esta carta". As pessoas boas foram as primeiras a morrer. Os que se recusavam a roubar ou a prostituir-se morriam. Os que davam comida a outros morriam. Os que se recusavam a comer cadáveres morriam. Os que se recusavam a matar os seus iguais morriam. Os pais que resistiam ao canibalismo morriam antes dos filhos. Em 1933, a Ucrânia estava repleta de órfãos e, por vezes, havia pessoas que os acolhiam. Contudo, sem comida, havia pouco que até o mais gentil dos estranhos pudesse fazer por tais crianças. Os rapazes e raparigas jaziam sobre lençóis e cobertores, comendo os próprios excrementos, à espera de morrer.
Numa aldeia na região de Kharkiv, várias mulheres fizeram o melhor que puderam por tomar conta das crianças. Como uma delas recordava, tinham formado «algo semelhante a um orfanato». As crianças que acolhiam estavam em condições miseráveis: "Tinham estômagos protuberantes; estavam cobertas de feridas, de crostas; os seus corpos rebentavam. Levávamo-las para a rua deitadas em lençóis e elas gemiam. Certo dias calaram-se de repente; voltámo-nos para ver o que se estava a passar e constatámos que estavam a comer Petrus, a criança mais pequena. Estavam a arrancar-lhe pedaços e a a comê-los. E o pequeno Petrus estava a fazer o mesmo, estava a arrancar pedaços do seu próprio corpo e a comê-los. Comeu tanto quanto pôde. Os outros miúdos encostavam os lábios às suas feridas e bebiam-lhe o sangue. Levámos Petrus para longe das bocas famintas e chorámos."

Manuscrito Voynich


É um misterioso livro ilustrado com um conteúdo incompreensível. Imagina-se que tenha sido escrito há aproximadamente 600 anos por um autor desconhecido que se utilizou de um sistema de escrita não identificado e uma linguagem ininteligível. É conhecido como "o livro que ninguém consegue ler".
Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, incluindo alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos ao tempo da Segunda Guerra Mundial (todos os quais falharam em decifrar uma única palavra). Esta sucessão de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história da criptografia, mas também contribuiu para lhe atribuir a teoria de ser simplesmente um embuste muito bem tramado – uma sequência arbitrária de símbolos.