domingo, 18 de setembro de 2016

Bruxas de Salém...


A vila de Salém em 1692 era ocupada por colonos puritanos e próximo a região duas tribos de nativos norte-americanos lutavam entre si. Além disso, a varíola tinha começado a afetar os moradores de Salém, de forma que era fácil acreditar em 1692 que o diabo estava muito próximo à Salém, como descreve o historiador Douglas Linder.
Em fevereiro de 1692, Elizabeth Parris, a filha do novo pastor da vila, ficou doente sem nenhuma explicação. A menina de 10 anos começou a ter um comportamento estranho – gritava com seu pai, jogava-se pelo quarto e reclamava que sua pele estava sendo beliscada e picada. O médico local William Griggs ficou perplexo com esses sintomas e depois que as tentativas de tratamento falharam, ele declarou que o demônio estava influenciando a menina. Depois de um tempo, outras meninas na vila começaram a apresentar a mesma doença. Como os puritanos acreditavam que o diabo trabalhava junto às bruxas, os moradores de Salém, que já estavam desconfiados, começaram a suspeitar uns dos outros. Tituba, uma escrava que trabalhava para o reverendo Samuel Parris, o pai de Elizabeth e outros moradores foram acusados pelas garotas que estavam sofrendo ataques e convulsões e em novembro de 1692, 37 pessoas foram mortas acusadas de bruxaria.
A historiadora Linda Caporael afirma que os sintomas apresentados pelas meninas foram decorrentes do envenenamento por alcalóides do ergot, metabólitos secundários biossintetizados pelo fungo Claviceps pupurea, um contaminante comum do centeio e outros cereais. E ao comer pão de centeio contaminado com o fungo desenvolveram a doença, atualmente conhecida como ergotismo.