Atualmente a China é o terceiro pais de maior superfície do mundo (depois da Rússia e Canadá). Na verdade, durante as dinastias Yuan (1279- 1368) e Qing (1644-1912) o poderio chinês ocupava uma superfície ainda maior que a atual, englobando o território de países como Taiwan, Vietnã, Coreia do Norte e Coreia do Sul. Entretanto no período da era imperial, as dinastias Qin e Han contaram com uma superfície bem menor. Seus limites eram: O deserto de Gobi e Mongólia (norte), o mar da China e as florestas da Indochina (sul), o mar Amarelo e mar da China (leste) e as montanhas do Tibete e Turquestão.
O território da China Antiga
O desenvolvimento cultural chinês ocorreu na parte mais baixa do território, as ricas planícies do leste. Ali, as condições climáticas eram dinâmicas devido ao choque das correntes de vento úmidas provenientes do Oceano Pacífico e dos ventos secos do planalto ocidental. Estes fatores não permitiam que a agricultura fosse organizada de uma maneira de plantio e colheitas anual. Entretanto as terras tinham uma enorme vantagem, pois contavam com os nutrientes minerais trazidos pelos dois rios principais e seus afluentes: o rio Huanghe (rio Amarelo) de mais de cinco mil quilômetros de extensão e o Changjiang (Yangzi) com 6300 quilômetros, ao sul do primeiro. Ambos nascem no planalto tibetano e se estendem ao longo de todo o território da China atual, desembocando no mar de Bolhai e no mar oriental da China.
Características da planície
Como a planície não apresentava grandes dificuldades de terreno, a comunicação entre os diferentes povoados era relativamente tranquila. Por outro lado, o território era propenso às invasões pelo lado norte e oeste, por estar conectado a estepes e desertos da Ásia Central e não oferecer grandes dificuldades para ser penetrado. Devido à falta de uma barreira natural que protegesse o lugar, durante a primeira dinastia imperial (Qin), foi iniciada a construção de uma barreira de proteção artificial: a Grande Muralha da China.