RELEVO – “O relevo corresponde às diversas configurações da crosta terrestre (montanhas, planaltos, planícies,
depressões, etc.). A disciplina científica que estuda as formas de
relevo, sua origem, a estrutura e os processos responsáveis por sua
evolução é a Geomorfologia. O relevo resulta da atuação de dois grandes
conjuntos de fatores denominados agentes do relevo”. (Coelho, Marcos A. e
terra, Lygia. geografia geral: o espaço natural e socioeconômico.
Moderna, 2001. p. 82).
Agentes do relevo
a) Internos ou endógenos – Processos estruturais que atuam do interior para o exterior: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos.
b) Externos ou exógenos
– Processos esculturais que atuam externamente, modificando as
paisagens, como o intemperismo, a ação das águas, do vento, do mar, do
gelo e dos seres vivos entre outros.
Agentes internos
Tectonismo
O movimento das placas tectônicas traz, em sua dinâmica, resultados que podem ser observados na superfície. Os terremotos, o vulcanismo, as rochas
dobradas e falhadas são exemplos claros de que toda a crosta esteve
submetida a tais esforços e que eles continuam atuando até os dias de
hoje. Esses movimentos são denominados tectônicos e são classificados em
dois tipos:
Orogênese
O movimento orogenético é relativamente
rápido e, quando se manifesta, geralmente deforma, dobrando e falhando
as camadas rochosas. Os terremotos são os movimentos orogenéticos mais
rápidos de que se tem conta. Associados ao vulcanismo, correspondem a
sinais anteriores ou posteriores de um tectonismo orogenético mais
amplo.
A orogênese propriamente dita é a
elevação de uma vasta área dando origem a grandes cadeias de montanhas.
Assim, os terremotos e o vulcanismo andino são sinais posteriores ao
levantamento da grande cadeia de montanhas que são os Andes. Ao
contrário, o vulcanismo e os sismos da faixa que vai de Java ao Japão
são sinais precursores de uma grande cadeia de montanhas que se elevará
naquela área.
Epirogênese
Os movimentos epirogenéticos
caracterizam-se por serem lentos, abrangerem áreas continentais e não
terem competência para deformar (não produzem falhas ou dobras) as
estruturas rochosas. O movimento epirogenético não está associado nem ao
vulcanismo, nem aos sismos. Ao contrário, é de ocorrência mais comum em
áreas relativamente estáveis da crosta terrestre, sendo característicos
das bacias sedimentares intracratônicas.
A epirogênese atinge áreas de dimensões
continentais formando arqueamentos, intumescências ou abaciamentos de
grandes conjuntos montanhosos.
Os arqueamentos podem ser maiores num
ponto e menores noutros, como podem ser levantamentos num lugar e
abaixamentos em outros. A lentidão desses movimentos dificulta o seu
conhecimento, carecendo-se também de um ponto de referência fixo que
possibilite a mensuração da extensão da epirogênese.
Assim, podemos distinguir a orogênese para as áreas instáveis e a epirogênese para as áreas estáveis da crosta terrestre”