sexta-feira, 24 de junho de 2016

ÉMILE DURKHEIM - A POLÍTICA



Émile Durkheim 
 A SOCIOLOGIA POLÍTICA DURKHEIMIANA

* A sociedade é um todo integrado que não podemos negar que a miséria, violência, desemprego, doenças e marginalizações não iram trazer consequenciais, sofrimentos, caos e o mais perverso dos diagnósticos da patologia, uma “sociedade doente – Anomana”. A anomia é a grande inimiga da sociedade, visto nos atuais dias a indiferença com os refugiados, e a sociologia é o meio para estudar, entender e ajudar, criando ferramentas e mecanismo que seja possível ter saúde sociedade em um todo integrado.   
"O egoísmo é ou poderá ser um ato individual, porem jamais deixará de ser um produto da sociedade"(D.P)                                                                                                                                  
 *O agir, sentir e pensar, poderá determinar a força do indivíduo,porem, o mesmo é obrigado a se adaptar as “Leis e regras” do espaço ocupado seja este: comunidade escolar, trabalhista, social, cultural, “Nação” e soberania de governar a moralidade e ética dos seus indivíduos(segundo Durkheim). Assim as principais divisões da Sociologia”, esforço produzido no contexto de  Durkheim (1970, p. 153) apresenta as seguintes sociologias: geral, religiosa, moral e jurídica, econômica, linguística e estética. Não há, portanto, uma divisão ou um subcampo “Sociologia Política”. Mas nem tudo o que um cidadão produz no agir poderá ser considerado como um ato/fato social, sem antes atender três características: exterioridade, coercitividade e generalidade.
I. Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade. 
II. Exterioridade – quando o indivíduo nasce, a sociedade já está organizada, com suas leis, seus padrões, seu sistema financeiro, etc.; cabe ao indivíduo aprender, por intermédio da educação, por exemplo. 
III. Coercitividade – característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los. 

*Toda atitude cotidiana da funcionalidade produtiva é um comportamento estabelecido pelas regras da sociedade que controlam e estabelecem seus o pensar, sentir ou fazer. Mecanismos que não é imposto de forma especifica ou direcionada a alguém, o social do comum já é encontrado pelo indivíduo quando nasce e é inserido na sociedade e que continua depois da sua morte, sem dar margem a escolhas. 
*Lutamos o tempo todo contra o controle, contra as regras, limites, valores e contra as “Leis obsoletas e paliativas”, numa busca utópica do “Estado de Anomia”, sem limites e valores, porem(...) tais pensamentos leva a sociedade ao desespero mortal. Portanto, somos conservadores por essência, seja com a família, escola, governo, religião, polícia ou qualquer outra que traga um sentimento ou sensação de segurança, agimos contra as mudanças(ou agimos precavidos e lentos...bem lentos), pela manutenção da ordem/segurança vigente. 
A perspectiva sociológica durkheiminiana, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso entre seus membros constituintes: os indivíduos. Por isso Durkheim chega mesmo a afirmar que o Estado, às vezes mesmo contra os grupos sociais aos quais ele vê-se ligado, deve promover e proteger o indivíduo. Sua ação e a função social que o define têm seus fundamentos na moral, ou seja, naquele conjunto de regras e condutas juridicamente estabelecidas (de fato essa é a definição do “fato moral”). Em síntese, tanto a ação (ou função social) do Estado em defesa dos indivíduos quanto o funcionamento do sistema político (o voto, os atos do Governo, dos partidos, nos conselhos etc.) devem ser compreendidas a partir do fundamento moral e legal de cada sociedade. Talvez por isso os temas propriamente políticos tenham lentamente se dispersado ao longo da obra de Durkheim, sendo reagrupados, ontem como hoje, dentro de sua “Sociologia Moral e Jurídica”.

OBS: (GIDDENS, A. 1981. As idéias de Durkhem. São Paulo: Cultrix., 1998. A Sociologia Política de Durkheim. Política, Sociologia e teoria social. 2ª ed. São Paulo: UNESP. KUBALI, H. N. 2002. Prefácio da primeira edição. DURKHEIM, E. Lições de Sociologia. São Paulo: M. Fontes.LACROIX, B. 1984. Durkheim y lo político. Ciudad de México: Fondo, de Cultura Econômica. LUKES, S. 1985. Emile Durkheim. His Life and Work. A Historical and Critical Study. Stanford: Stanford University.)